Sigmund
Freud dizia que a depressão pode resultar de expressões exageradas de culpa.
Uma
pesquisa com imagens cerebrais mostra que os cérebros de pessoas depressivas
respondem diferente à sentimentos de culpa – mesmo após o desaparecimento dos
sintomas. O estudo da Universidade de Manchester foi publicado na revista Archives
of General Psychiatry.
Os
pesquisadores descobriram que as varreduras do cérebro de pessoas com um
histórico de depressão diferiram, de indivíduos que nunca ficam deprimidos, nas
regiões associadas com a culpa e conhecimento do comportamento socialmente
aceitável.
A
prova concreta apresentada por ressonância magnética funcional mostra como o
cérebro responde nas pessoas com diagnóstico de depressão.
Roland
Zahn, médico da Escola de Ciências Psicológicas da Universidade, disse:
"Nossa pesquisa fornece o primeiro mecanismo do cérebro que poderia
explicar a observação clássica por Freud de que a depressão se distingue de
tristeza normal pela propensão a sentimentos exagerados de culpa. Pela primeira
vez, nós traçamos as regiões do cérebro que interagem para conectar o
conhecimento detalhado sobre o comportamento socialmente adequado - o lóbulo
temporal anterior - com sentimentos de culpa - a região subgenual do cérebro -
em pessoas propensas à depressão"
Pesquisadores
utilizaram ressonância magnética funcional para escanear o cérebro de um grupo
de pessoas após a remissão da depressão maior por mais de um ano, e um grupo de
controle com pessoas que nunca tiveram depressão. Ambos os grupos foram convidados a se imaginar
agindo mal, por exemplo: sendo "mesquinhos" ou "mandões" com
seus melhores amigos. Eles,
então, relataram seus sentimentos para a equipe de pesquisa.
"Os
exames revelaram que pessoas com um histórico de depressão não “casaram” as
regiões do cérebro associadas com culpa e conhecimento do comportamento apropriado com tanta força como o grupo de controle nunca deprimido fez,
disse Zahn.
"Curiosamente,
esta "dissociação" só ocorre quando pessoas propensas à depressão se
sentem culpadas ou culpam a si mesmas, mas não quando sentem raiva ou culpam os
outros. Isso pode refletir uma
falta de acesso a detalhes sobre o que exatamente era inadequado sobre seu
comportamento quando se culpavam, estendendo assim para si a culpa de coisas
pelas quais que não são responsáveis".
Cientistas
acreditam que a descoberta é importante porque revela mecanismos cerebrais
subjacentes à sintomas específicos de depressão, que podem explicar por que
algumas pessoas reagem ao estresse com depressão em vez de agressão.
Os
investigadores estão agora estudando se os resultados do estudo podem ser
usados para prever o risco de depressão após a remissão de um episódio
anterior. Especialistas dizem
que, se houver sucesso, a ressonância magnética funcional pode ser uma
ferramenta para medir o risco de depressão no futuro.
O BLOG CAFÉ COM PSICOLOGIA APRESENTA A PUBLICAÇÃO DE TIAGO AZEVEDO DO BLOG PARCEIRO PSICOATIVO.COM .
Caro Tiago.
ResponderExcluirMuito bom o seu texto sobre depressão e culpa, porém, quero alerta-lo que no cérebro não existe LÓBULO e sim LOBO ( lobo frontal, lobo temporal, lobo occipital, lobo parietal) o Lóbulo se encontra no pulmão e cartilagem da orelha.
ótimo post.
ResponderExcluirexcelente tema.
parabéns pelo blog!