EXPERIMENTO-PILOTO: SONHAR E RE-SONHAR: TRABALHANDO SONHOS NA
GESTALT-TERAPIA.
CHEIZA CRISTINE PELLATE (Ao centro com o Microfone)
LAIRE OKIMURA KADENA,(ao lado de Cheiza)
ROSANA FORTUNATO MODESTO (lado de laire)
ARIANE CRISTINA DA SILVA, (Ao lado de Rosana)
TAMYRIS VILLELA DE MELLO(Ao lado de Ariane)
EVERLI FERNANDA PEREIRA DE ANDRADE (de lado)
trabalho publicado no Congresso de Psicologia
(VERSÃO PARA A INTERNET COM MODIFICAÇÕES) *
INTRODUÇÃO
PERLS (1977)
considera que antes de procurarmos as coisas que porventura estejam por detrás,
melhor faremos se focalizarmos nossa atenção no que está ali, dado, presente,
visível. Além de que, nisto que está aí, neste óbvio, certamente também estão
presentes elementos do que possa estar por detrás. A Gestalt-terapia é uma atitude de
re-descobrir aquilo que está ali, é uma atitude de lidar com o novo como novo,
é uma atitude de nada afirmar nem negar.
Segundo Perls sob o contexto ele diz que o homem sempre está em processo de desenvolvimento. Trabalhamos para promover o processo de crescimento e desenvolver o potencial
humano;assim, integrando as partes conhecidas e desconhecidas, partes que
aceitamos e negamos em nós mesmos, vamos nos tornando aquilo que realmente
somos e, consequentemente, a vida flui de forma mais saudável. “Nós fazemos
isso apoiando os interesses, desejos, e necessidades genuínas do indivíduo”,
(PERLS, 1977, p.19).
Para YONTEF, (1998) é importante que o indivíduo assuma suas responsabilidades diante
de suas escolhas, diante de sua vida, conforme ele vai se conscientizando de
suas escolhas, de seu modo de viver, é possível, então, realizar mudanças, pois
através do contato, a mudança simplesmente ocorre.
RIBEIRO (1985), afirma que a Gestalt é: é um
apelo interno de desvendar-se, de se deixar descobrir, tocar, analisar. Este
autor acrescenta:
“Heidegger
dizia que encarregar-se de alguma coisa, de uma pessoa, significa ouvi-la,
quere-la. É o que estamos tentando fazer: ouvir o ser querê-lo, penetrar no ser
através da Gestalt que ele é descobrir-lhe a proveniência, para sentir o como
do seu” deixar de ser”.
(RIBEIRO,1985. pág. 31)
"Os
sonhos são considerados um caminho para a integração de aspectos da
personalidade, pela integração das diversas partes que o compõem. . O trabalho com sonhos é
delimeado como um experimento, no qual o cliente é levado a experenciar e
explorar seu sonho, orientado pelas intervenções do psicoterapeuta" (Pereira,
2002).
"O trabalho com os sonhos
não consiste simplesmente em associar palavras ou idéias, muito menos construir
hipótese, mas perceber com todos os sentidos em meu corpo e em minhas emoções o
impacto das imagens, eventualmente encenadas e assim permitindo-se experenciar
a encarnaçao do verbo aqui e agora" ( Ginger; Ginger, 1995).
"Apesar dos sonhos
parecerem absurdos eles são a expressão mais espontânea da nossa existência.
Perls considerava o sonho como uma obra de arte, esta sempre cheio de
movimento, luta, encontros e outros tipos de coisas e acreditava que todas as
partes do sonho são fragmentadas da nossa personalidade. E o trabalho do sonho,
consiste justamente em reintegrar essa parte, para voltar a inteireza ou
totalidade humana, assim ressumiria as partes projetadas e todo o potencial
oculto que aparece no sonho "( Agrassar; Cunha, 1992).
Segundo Agrassar e Cunha
(1992), observa-se que cada parte do sonho é um aspecto que se revela a
respeito da pessoa que está sonhando, portanto, é essencial que ela vivencie
cada parte de seu sonho. É necessário transformar-se, identificar-se com cada
coisa, com cada sensação, com cada pessoa, de forma que o cliente torne-se a
coisa, a sensação, a pessoa.
2-OBJETIVO
O objetivo deste artigo é
apresentar os resultados obtidos através do experimento realizado com o
processo de sonhar e re-sonhar utilizado pela Gestalt-terapia, como forma do
indivíduo experienciar e re-vivenciar seus sonhos.
3-METODOLOGIA
Este artigo foi elaborado
através de alunas do Curso de Psicologia em 2011 , utilizando-se um
levantamento bibliográfico sobre o tema sonhar sonhar-resonhar, onde por orientação da Dr.
docente responsável , fora aplicado em ambiente clinico em um individuo que se
predispôs para que as alunas pudessem aplicar o experimento.
4-PARTICIPANTES.
As aplicadoras do experimentos são
alunas do curso de Psicologia da FAEF/ FASU, constituído por seis alunas do
sexo feminino com idades medianas a 25 anos.
5-O
EXPERIMENTO
Possibilitar o contato de
possíveis conflitos vivenciados nos sonhos revivenciando-os no aqui-e-agora no ambiente clinico sendo integral para análise e estudo
5.1- Descrição do experimento:
Inicialmente pedimos para que o
sujeito (1) contasse se sonho da forma que ele queira, onde fora colocado em suas
palavras e seu modo subjetivo de contar.
Sob segunda etapa fora pedido para que
o sujeito presentificasse este sonho, contando em forma clara no presente.
Logo após o sujeito contar no presente
o sonho ele arrumará o palco do sonho, onde colocará de forma que ele queira
alguns objetos, pessoas que estão no seu sonho.
Após o palco dos sonhos, o sujeito
fará a cadeira quente e cadeira vazia, para avaliar uma mensagem existencial de
seu sonho.
6-
PREPARAÇÃO
Para preparação do ambiente físico,
foram usada uma sala da clinica escola CEPPA, onde efetivamos o experimento,
também foram usado cadeiras, almofadas, rádio e musica.
7-
EXECUÇÃO
O sujeito (1) primeiramente
posicionou-se na frente do grupo e contou o que acontecera na semana e o porque
do sonho:
“Eu
estava tão preocupado com o sonho, mais que sonho eu vou contar?
Estou
preocupado com o sonho dês de sábado, para falar a verdade para vocês, chegou
na terça e eu não tinha sonhado ainda, e eu falei será q vai sair esse sonho?Eu
sonhei e perguntei, porque será esse sonho?”É esse o sonho que eu tenho que
contar pra vocês”
7.1-O sujeito descreveu o sonho da
seguinte maneira:
“Se
passou na escola agrícola, em baixo de uma arvore frondosa , tinham montes de entulho
e onde num determinado lugar tinha um cachorro, e haviam rapazes ali fazendo
curativo nele,jogando um Spray para curar os machucados.E eu estava vendo aquilo
e percebi que o cachorro era da (J*) a e ela limpava com muito zelo o cachorro,
ela apertou a pata traseira do animal e saiu um berne, eu levantei pra pegar o
carro e encostei perto deles para pegar o cachorro e quando eu encostei o carro
eu acordei.”
7.2 Colocando o sonho no presente:
“Eu , estou agora perto de uma grande
arvore, e vejo alguns entulhos, estou
agora chegando perto de um cachorro em que os meninos estão curando,com
um Spray de remédios, em que posso ver as perfurações do cachorro, vejo a
orelha cortada do animal, vejo perfurações por todo o corpo, agora e vejo a (J)
que suponho que seja a dona do cachorro, e ela agora está apertando um carossinho na pata traseira do
cachorro que é um berne,ao ver isso eu levanto para pegar o carro , e agora eu
estou dirigindo o carro e encosto o carro para levar o cachorro, eu acordei.”
7.3- Montando o Palco dos Sonhos do
sujeito:
Fora pedido que o sujeito (1) montasse
o palco dos seus sonhos como quisesse e o sujeito elaborou da seguinte maneira:
Montou 3 cadeiras uma em cima da outra
para a representação da arvore.
Colocou uma almofada no chão amarela,
representando o cachorro.
E por fim colocou 3 almofadas do lado
da arvore representando os entulhos.
7.4- Cadeira quente , cadeira vazia:
(sujeito pergunta para o cachorro)
_onde você andou, o que
você fez pra acontecer isso com você?
(cachorro respondendo para o sujeito)
-olha , eu passei em uma quebrada, e
me jogaram pedra, e eu comecei a reagir, e quando eu fiz isso os donos do
pedaço começaram jogar pedra e todo mais.
NA SUA VIDA TEM ALGUÉM T JOGANDO
PEDRA? ALGUÉM NA FAMÍLIA?
(intervenção d aluna)
(resposta do sujeito)
-uma das coisas q me lembra pedra, nas
pedras q me atiram eu construirei minha casa!Eu acho q não tem ninguém me
jogando pedra na minha família, quem esta jogando pedra sou eu mesmo.
(cachorro pergunta pro sujeito)
_ porque você está se mesmo jogando
pedra?
(sujeito para o cachorro)
- o “dog” eu não posso achar não, mas tem muita gente tirando sua esperança,
aquelas pessoas não confiam naquilo q eu possa fazer, é como se estivessem puxando meu tapetinho.
(sujeito para o cachorro)
_Mostre pra eles que você pode e você
consegue!
(sujeito falando sobre uma reflexão
para o cachorro)
_Eu ontem escrevi um negocio no
caderno, e coloquei que “Aprender é uma arte, e ensinar é uma arte dupla”, as
vezes você tem q ensinar com o q ele tem e com o que você faz ele aprender.Cada um aprende como pode!
7.5- Reflexão
Pegue todo isso q você passou hoje,
leve pra dentro de você e força, podem puxar seu tapete, mas você ainda terá
seus dois pés.!
RESULTADOS
Pudemos observar que o individuo
trouxe questões de sua vida e ele
próprio concluí que este experimento mexe com o “eu” interno, o resultado do
experimento aplicado em Gestalt-terapia é de tamanha importância para a
compreensão da vivencia do sujeito no aqui e agora.
CONSIDERAÇÕES
Para finalizar temos de ressaltar que
o experimento de sonhar e re-sonhar é extremamente complexo e exige que todos
do grupo saibam de fato técnicas de gestalt-terapia, devido a esta técnica
estar ligada com outras pode-se observar o nível de complexidade.
O experimento foi aplicado com
sucesso, e durante o mesmo podemos observar
que o sujeito relacionava o sonho com a realidade em vários momentos, o
que concretizava a mensagem existencial do experimento, relacionando a gestalt
envolvida no aqui e agora.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Alberto Pereira Lima Filho,
Gestalt e sonhos. Summus Editorial, 2ª edição. 2002.
GINGER,S e GINGER, A.
Gestalt: Uma terapia do contato. São Paulo. Summus, 1995.
AGRASSAR,
J. S e CUNHA, S. V. B. Os Sonhos, Segundo
a Gestalt-Terapia. 1992. 34f .
Trabalho de Conclusão de Estágio (Formação Psicólogo) - Centro de Psicologia
Aplicada, União das Escolas Superiores do Pará. Belém, 1992.
Ribeiro,
J. P. (1999). Gestalt-Terapia de Curta
Duração (2° Ed.). São Paulo: Summus.
Gestalt-Centro, 1997: igestaltcentro@gmail.com
GINGER, S; GINGER; A. Gestalt: uma
terapia do contato. São Paulo: Summus, 1987.
KIYAN,
A. M. M. E a Gestalt emerge: vida e obra de Frederick Perls. São Paulo:
Altana, 2001.
PERLS, F. org. Isto é Gestalt.
São Paulo: Summus; 1977.
RIBEIRO, J. P. Gestalt-terapia:
refazendo um caminho. São Paulo, 1985.
YONTEF, G. M. Processo, diálogo e
awareness. São Paulo: Summus, 1998.
AIII Q MARAVILHA! VC N SABE COMO É DIFICIL ENCONTRAR COMO APLICA REALMENTE OS SONHOS! MTOO OBRIGADA! O EXP DE VCS É O MAXIMO PARABÉNS!
ResponderExcluirMaravilha!
ResponderExcluirObrigada pessoal pelos comentários, isso motiva a continuar escrevendo sempre!!! Att.
ResponderExcluirtava dificil de achar esse experimento viu , valew, bem trabalhado! bem explicado! mto bom!
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